Quebrando o Silêncio

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Passeatas anunciam esperança

Em seu oitavo ano consecutivo, a campanha Quebrando o Silêncio, iniciativa mundial de combate à violência doméstica coordenada pela Igreja Adventista do Sétimo Dia em todo o mundo, foi realizada oficialmente no dia 25 de agosto, sábado. Neste ano, a ênfase foi a superação de traumas, visando o público adulto, e a inclusão, para o […]


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Quebrando o SIlêncio - Paraná

Quebrando o SIlêncio - Paraná

Em seu oitavo ano consecutivo, a campanha Quebrando o Silêncio, iniciativa mundial de combate à violência doméstica coordenada pela Igreja Adventista do Sétimo Dia em todo o mundo, foi realizada oficialmente no dia 25 de agosto, sábado.

Neste ano, a ênfase foi a superação de traumas, visando o público adulto, e a inclusão, para o infantil. Em todo o território da Igreja Adventista no centro do Paraná, fiéis dedicaram o dia para levar esperança à população.

Em Colombo, cidade da região metropolitana de Curitiba, cerca de 130 pessoas saíram às ruas em uma passeata para conscientizar os moradores do bairro Alto Maracanã. No percurso, que durou mais de duas horas para ser realizado, crianças, jovens e adultos distribuíram revistas e folhetos nas casas e comércios pelos quais passaram.

Faixas, bandeiras brancas em referência ao pedido de paz e gritos de protesto em favor da quebra do silêncio atraíram a atenção da população, que foi conferir o que estava acontecendo do lado de fora de suas residências e estabelecimentos. A princípio, a reação era de surpresa, mas ao receber o material se detinham na leitura do conteúdo.

Um dos convidados que acompanhou toda a manifestação foi Jeremias Fontoura, um dos conselheiros tutelares do município. De acordo com ele, que até então não conhecia a campanha, ela contribuiu não só com o fortalecimento e auxílio ao órgão, mas foi uma voz a mais estimulando o fim dos abusos e da violência. Ele pontua que o trabalho do Conselho Tutelar é o de socorrer a criança e o adolescente na área de direitos violados, que vão desde uma vaga em uma creche à violência sexual, cujos índices são altos.

"Nós atuamos sempre a partir de denúncias anônimas. Isso é muito importante para a comunidade, e é por isso que é importante encorajar essa quebra do silêncio. Às vezes as pessoas tem medo de denunciar pensando que poderá ser delatada, mas nosso trabalho ocorre sempre por meio de denúncias anônimas", assegura Fontoura.

O índice de violência na cidade e de casos que contam com a intervenção do Conselho Tutelar é crescente. Em 2011 foram mais de 1.500 atendimentos, realizados pelos cinco conselheiros da entidade. Só neste ano, Fontoura realizou, sozinho, mais de 400. "Às vezes você vai visitar um aluno que não está mais indo à escola e quando se depara com a família, diante de uma pedagoga, você vai descobrir que há uma violação e até um abuso sexual intrafamiliar. Isso sem contar os casos contra mulheres e idosos que acontecem e são registrados em delegacias", explica. "Que nós possamos bradar em voz alta e toda a comunidade possa quebrar esse silêncio.

Ao todo, o projeto foi realizado em aproximadamente 150 pontos diferentes da região central do Paraná. Em Araucária, por exemplo, aproximadamente 60 pessoas entre alunos do 3º, 4º e 5º ano do Escola Adventista, membros da Igreja Adventista, do Clube de Desbravadores e da Guarda Mirim também caminharam pela cidade para conscientizar os moradores quanto à importância da campanha por meio de panfletos e revistas educacionais.

"Queremos alertar a população, principalmente as pessoas que são agredidas, violentadas a não ter medo de denunciar. E a Igreja sai de suas quatro paredes para atender a comunidade", explica a professora Ray de Oliveira, coordenadora do projeto na localidade. "O que estamos fazendo é mostrar que nos preocupamos com o bem estar das pessoas que nos cercam. E não só isso. Queremos mostrar meios para que elas busquem ajuda e vençam seus traumas." [Equipe ASN, Jefferson Paradello]

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