Quebrando o Silêncio

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Quebre o tabu e converse sobre sexo e pornografia

Recentemente uma mãe me perguntou como ela poderia prevenir o filho dela contra o consumo de pornografia. Uma vez que o acesso a conteúdos pornográficos é tão fácil atualmente, a prevenção se torna uma tarefa verdadeiramente desafiadora para os pais. Não creio que haja uma forma de impedir completamente a criança ou o adolescente de […]


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shutterstock_185021495Recentemente uma mãe me perguntou como ela poderia prevenir o filho dela contra o consumo de pornografia. Uma vez que o acesso a conteúdos pornográficos é tão fácil atualmente, a prevenção se torna uma tarefa verdadeiramente desafiadora para os pais. Não creio que haja uma forma de impedir completamente a criança ou o adolescente de entrar em contato com conteúdos pornográficos, porque isso pode ocorrer inclusive de forma acidental. O que podemos fazer, com toda a certeza, é conceder-lhes uma educação que os habilite a afastar-se deste tipo de conteúdo.

Alguns especialistas defendem que a escola deve fornecer educação sexual a crianças e adolescentes, como forma de prevenir contra o consumo de pornografia. Nós, defendemos que esta é uma responsabilidade dos pais. Não podemos transferir para a escola a responsabilidade de instrução de assuntos como estes, que são permeados não apenas por conhecimentos de fisiologia, mas também por questões morais e muitas vezes religiosas.

Mas estes especialistas estão corretos quando defendem que o assunto precisa ser abordado. O tabu não impede que a criança tenha acesso a temas relacionados ao sexo. Na verdade, ele facilita o acesso às informações menos confiáveis, geralmente transmitidas pelos colegas ou a mídia.

Como fazer isto então? Chamo meu filho ou minha filha para uma conversa e falo tudo sobre sexo com ele ou ela? A abordagem deste assunto não precisa ser algo mecânico ou formal. Ao contrário, pode (e deve) ser natural. Podemos responder às perguntas que naturalmente as crianças fazem, utilizando uma linguagem que seja acessível a elas. Podemos ensina-las os nomes corretos de seus órgãos genitais, ao invés de usarmos apelidos diversos. Podemos aproveitar alguma notícia como gatilho para conversar com os adolescentes sobre a opinião deles acerca de alguns assuntos, como por exemplo o envio de fotos e vídeos íntimos pela internet. Obviamente, isto se torna ainda mais difícil quando os pais não têm o hábito de conversar com os filhos, não investem tempo com eles, não se interessam pelos assuntos que atravessam o seu universo. Por isso, primeiramente, é preciso relacionar-se com aquele que se pretende educar.

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