Atualmente, o número de violência cresce no Brasil e nos outros países da América Latina. O panorama do horror apresenta mulheres, crianças e idosos como as principais vítimas de abuso físico, emocional e financeiro, mas ninguém sai ileso das estatísticas, pois até os homens sofrem abuso sexual em prisões. São pessoas silenciadas pelas ameaças e chantagens de seus agressores que muitas vezes fazem parte do mesmo convívio. Com o intuito de acabar com esse quadro tão alarmante, a Igreja Adventista do 7º Dia desenvolve em toda a América do Sul, a Campanha Quebrando o Silêncio que este ano tem como tema bullying – termo que se refere a provocações, humilhações, agressões e isolamento.
No Amapá, as cidades de Macapá e Santana se mobilizaram para divulgar a campanha que está em sua 8ª edição. Com ênfase ao combate ao bullying em palestras e distribuição da revista Quebrando o Silêncio nas escolas, mais orientações sobre violência nas igrejas e passeata com faixas, carro de som e muita alegria. Tanto que ocorreu em três pontos, no bairro Zerão distrito do Buritizal na zona sul, no bairro Novo Horizonte, região distrital Jardim Felicidade na zona norte da cidade de Macapá, e o outro ponto de concentração foi em Santana.
No Zerão iniciou às 17h, na tarde ensolarada de sábado, com apresentação do Ministério de Louvor Kleses, participação da banda do Clube de Desbravadores Sol do Equador da IASD do Trem, distrito Central de Macapá e a presença de mais de 100 pessoas na caminhada. No Novo Horizonte iniciou a caminhada às 10h, com percurso desde a Escola Municipal Jardim Felicidade I até a praça principal do Novo Horizonte, com a presença de 200 pessoas e participação do coral jovem Shekinah.
O distrito de Santana também caprichou na programação, partindo da igreja Central e do Paraíso às 16h até a praça cívica de Santana. A Banda dos Desbravadores da Mega-Sul estava à frente do grupo que distribuía os impressos nas ruas. Autoridades civis e militares foram convidadas, dentre elas a presidente do Conselho Titular senhora Nadabe, Prof. Jailson e Richard, vereadores do município. Além do apoio da Polícia Militar do 4º Batalhão da PM, representada pelo Sargento Elinaldo e Bombeiros, STTRANS - Cia de Trânsito. Às 18h30 na praça pública houve a participação de cantores locais, encenações, fantoches que divertiram o público e também conscientizaram sobre a importância de aderirem ao combate desse problema social.
“Toda essa movimentação faz barulho na sociedade e intimida as pessoas. Para a comunidade conscientiza, pois falar sobre o bullying e outros tipos de abuso incentiva os que praticam o abuso a mudar. Para a igreja, desperta o exemplo de Cristo que também sofreu bullying, mas Ele era pró-ativo, e nos ensinou que podemos devolver o mal com o bem, ajudando as pessoas e desenvolvermos o ministério do perdão,” falou pastor Luciano Monteiro, do distrito Buritizal. O juiz arbitrário Emanuel Sales da Delegacia da Mulher, parabenizou a igreja pela campanha e salientou. “Está na hora de começarmos a trabalhar principalmente na família, pois a violência no lar é levada para a igreja, para a escola, para as ruas. Portanto, precisamos denunciar isso”.
“Ao nosso redor existem crianças sendo vítimas de Bullying, sofrendo caladas, e com medo. Crianças que sentem pânico ao se aproximar dos colégios onde estudam, que precisam mudar de escolas várias vezes ao ano, que mesmo depois de se tornarem adultas, tentam superar os traumas vividos por terem sido rotuladas como "diferentes", tímidas, certinha da turma, gordinha como mamute, magras como Olivia palito, etc. Talvez até conheçamos algumas dessas crianças. Um grito de socorro pode estar sendo ecoado bem perto de nós, pais, educadores e amigos. Não podemos ficar calados, vamos dar um basta à violência”, enfatizou a coordenadora da campanha Wiliane Marroni no site quebrandoosilencio.org.
Este ano a campanha foi além, pois a Igreja Adventista do 7º Dia tanto em Macapá quanto em Santana, ganhou espaço nos veículos de comunicação para fazer a divulgação da Campanha Quebrando o Silêncio e incentivar a denúncia contra o abuso às mulheres, crianças e idosos. Para denunciar basta discar 100 ou enviar e-mail para [email protected].
Por Dani Gonçalves