Felicidade, boas expectativas, alegria, amor… talvez seja isso que se espera ter durante a gestação. Infelizmente, muitas grávidas conhecem também o medo, a violência e a dor.
Um estudo realizado na Universidade de Granada, Espanha, verificou que 22,7% das mulheres grávidas sofrem algum tipo de violência do parceiro (física, psicológica ou sexual). Que triste realidade! E os efeitos dessa violência afeta tanto a mãe quanto o feto.
De acordo com os dados da pesquisa:
- 21% das mulheres sofreram violência emocional
- 3,6% foram vítimas de violência física ou sexual, durante a gravidez.
- 36,1% (daquelas que declararam sofrer agressões físicas) afirmaram que os abusos aconteciam frequentemente ou diariamente;
- 20,3% (daquelas que declararam sofrer agressões físicas) receberam classificação de nível de gravidade 3 - contusões graves, queimaduras ou ossos quebrados.
As vítimas mais vulneráveis, segundo o estudo, são as gestantes que não possuem uma relação de compromisso com o parceiro e não têm apoio da comunidade em torno dela –família ou amigos.
Talvez isto lhe choque e você pode pensar que não conhece alguém que vive uma situação assim, ou que você jamais teria coragem de agredir uma gestante. Contudo, às vezes outras formas de violência são cometidas para com essas pessoas, e você e eu podemos ser agressores nesses casos. Todos os dias, mulheres grávidas ficam em pé ao utilizar o transporte público, e não há quem lhes forneça o lugar. Algumas são atendidas com descaso ou grosseria ao utilizarem os serviços de saúde. E ao violarmos seus direitos nas pequenas coisas, também estamos agindo com violência.
Podemos e devemos ser uma comunidade que dê suporte a estas mulheres e também às crianças que estão sendo geradas em seus ventres. Devemos dar suporte, inclusive, para que elas sejam capazes de quebrar o silêncio caso sejam vítimas de algum tipo de violência.
Fonte do estudo: http://www.eurekalert.org/pub_releases/2014-12/f-sf-2op121214.php