Vitória, ES... [ASN] Prestes a completar sete anos, a Lei Maria da Penha ainda não atingiu seu objetivo principal de proteger as mulheres vítimas de violência doméstica. Embora os estados e governos tenham criado mecanismos de denúncia e proteção, a pesquisa Percepção da Sociedade sobre Violência e Assassinatos de Mulheres, divulgada no dia 5 de agosto, mostra que 85% das pessoas acreditam que quem denuncia corre mais risco de morrer.
A pesquisa mostra, entre outros pontos, o alto índice de casos de mulheres de classe alta vítimas de violência que se mantêm caladas. Segundo a ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, Eleonora Menicucci, o Estado tem que criar ferramentas que promovam a efetiva segurança para a vítima. Para ela, denunciar é sempre a melhor escolha.
A sociedade precisa também ser alertada sobre o problema e passar a atuar em parceria com os órgãos públicos – é isto o que defendem os adventistas do sétimo dia, que anualmente promovem a campanha Quebrando o Silêncio.
“Hoje entendemos que como integrantes de uma sociedade temos o dever de falar sobre o assunto, que acontece em todos os lugares, em todas as classes sociais e com pessoas de todas as crenças��, explica Ruth Lima, coordenadora da campanha no Espírito Santo.
No dia 24, a Grande Vitória será palco de uma grande passeata com mais de dez mil pessoas. As redes sociais estão sendo utilizadas para a divulgação da iniciativa para que o número seja ainda maior. No final da tarde haverá uma concentração na Praia de Camburi, encerrando a manifestação.
Acesse o site da campanha: www.quebrandoosilencio.org/. [Equipe ASN - Francis Matos]