De olho no bullying

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De olho no bullying

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A vítima de bullying vivencia sentimentos de dor e angústia (Imagem: Mikael Damkier/Shutterstock)

O bullying tem sido tema constante de debates entre professores e coordenadores de escola, de noticiários e de fóruns de debate. Sabe-se que o bullying é um tipo de comportamento violento que consiste de constantes agressões físicas, verbais e virtuais (cyberbullying) a um indivíduo. Sua motivação não é aparente, e o agressor pode ser um ou mais indivíduos.

O aluno vitimado passa a vivenciar sentimentos de dor e angústia diante dessa relação desigual de poder. Pode também apresentar baixo desempenho escolar e resistir ou recusar-se a ir para a escola, simulando doenças, trocando de escola com frequência e até abandonando os estudos. Em casos extremos, observa-se o desenvolvimento de quadro depressivo.

Em contraste com a existência do bullying, entende-se que o ambiente escolar tem um importante papel no desenvolvimento infantil e adolescente e, entre suas diversas funções, proporciona a oportunidade de desenvolvimento de relacionamentos interpessoais.

Considerando esses conhecimentos conceituais sobre o bullying, já amplamente difundidos, como podemos passar para a próxima etapa, de construção de medidas preventivas contra esse comportamento violento entre crianças e adolescentes? Artigos e relatos de experiência argumentam que um dos principais pontos para a implementação de programas que visem à prevenção do bullying é a inclusão de toda a comunidade envolvida: família, professores, técnicos, alunos. Outro fator importante é a elaboração de um projeto metodológico que inclua o debate e reflexão sobre o tema entre alunos e professores de diversas disciplinas.

Os projetos interdisciplinares podem proporcionar mecanismos coletivos que reduzam e previnam esse tipo de prática no ambiente escolar. Por exemplo, nas aulas de História, podem-se apresentar notícias do passado relacionadas ao bullying; em Educação Física, pode-se trabalhar o respeito ao próximo; enfim, as possibilidades são diversas.

Os professores e técnicos devem estar atentos à interação entre os alunos a todo momento, nos corredores, no intervalo, e intervir imediatamente se necessário, chamando a atenção dos alunos e explicando-lhes a dimensão de seu comportamento. Se agirmos de forma multifatorial e reconhecendo a complexidade do bullying, poderemos reduzir a incidência e o alastramento da violência entre estudantes nas escolas.

Abaixo, assista à reportagem sobre o trabalho realizado pelos colégios adventistas de São Paulo com professores e pais de alunos para prevenir o bullying.

 

Fonte: Portal da Esducação Adventista