Bullying pode atingir universitários

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Bullying pode atingir universitários

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Bullying é um tipo de violência psicológica, que não atinge apenas crianças. A pessoa que é vitima dessa agressão, pode sofrer de depressão, distúrbios psicossomáticos, medo e pânico.  Geralmente quem já sofreu bullying, se sente rejeitado pelo grupo, prefere viver isolado e passa por frequentes humilhações. Em ambientes universitários o bullying é muitas vezes descartado. Existe a idéia imaginária que na faculdade o individuo tem a maior capacidade de defesa, mas nem sempre isso é uma realidade.

De acordo com a pedagoga especializada em bullying Gildene Silva o acadêmico que sofre essa violência, pode ter sua aprendizagem comprometida. ‘’Os prejuízos podem ser agravados no desempenho e na aprendizagem. Nós sabemos que a cognição está relacionada com as emoções. A autoestima é um fator que ajuda o sujeito nas decisões e ações e quando existe um problema que afeta essa área, o aluno acaba não produzindo o suficiente’’, destaca.

Essa agressão psicológica leva o individuo a mudar de comportamento, por não suportar mais as humilhações. Pode ficar, por exemplo, ‘agressivo’.
‘’Essas pessoas precisam buscar um órgão superior, no caso a coordenação do curso, se tiver um trabalho de apoio ao aluno. No Unasp, temos o Proad (Programa de Apoio ao Dicente). Encaminhamos os alunos, mas a coordenação deve estar a par disso”, salienta Gildene. A pedagoga também explica que são muitos fatores associados ao bullying. Segundo ela, todos os professores devem estar a par da situação, para poder ajudar e saber como lidar com o aluno.

A psicóloga Rosana Mazo alerta que dependendo do caso é necessário acompanhamento não apenas psicológico, mas também psiquiátrico. ‘’O bullying pode levar a um processo depressivo, a ansiedade generalizada. Às vezes não basta apenas procurar  um psicólogo, é necessária também a  ajuda de um psiquiatra para prescrever uma medicação”, comenta. De acordo com ela, a partir de então faz-se a terapia.  Esse trabalho em conjunto é imprescindível. “É importante trabalhar conjuntamente com a família e a coordenação da escola ou da faculdade no qual o aluno está inserido’’ conclui.

Por Rafael Brondani