Grito reprimido

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Grito reprimido

Após a perda de seu bebê, Mirta enfrentou mais uma situação familiar muito difícil, que conseguiu superar graças às informações do Quebrando o Silêncio.

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Mulher foi agredida e precisou proteger seus filhos. (Foto: Shutterstock)

Ao longo de seus vinte anos de existência, o projeto Quebrando o Silêncio ajudou a reescrever histórias de pessoas que viveram dias sombrios, angustiantes, de medo e aflição diante de várias formas de violência. Hoje elas compartilham como, influenciadas por essa iniciativa, conseguiram entender que os relacionamentos abusivos que sofriam tinham que acabar e que, embora não pudessem apagar os acontecimentos do passado, tinham que superá-los.

Mirta construiu, com muito esforço, uma pequena casa para viver com seus dois filhos após a separação do pai deles. Laura e Esteban têm hoje 15 e 19 anos e são sua maior alegria.

Quando Laura tinha 6 anos, ela foi convidada por uma colega da escola para reuniões infantis que aconteciam na Igreja Adventista. Na época, Mirta não queria ir apesar do convite dos irmãos.

Dois anos depois de sua separação, Mirta começou um novo relacionamento e teve um bebê, que nasceu com problemas de saúde e infelizmente faleceu. Isso foi um golpe em sua vida. Ela não conseguia entender o que tinha acontecido com eles.

Encontros que mudaram sua vida

Uma noite, pouco tempo depois, uma amiga lhe entregou um convite chamado “Chá da Amizade”, para uma reunião de mulheres na Igreja Adventista. Ela assistiu e experimentou um momento que alegrou seu coração.

Semanas depois, eles foram convidados para uma palestra do Quebrando o Silêncio na igreja, cujo tema foi “Grito reprimido” e que apresentou os diferentes tipos de abuso e a importância de poder quebrar o silêncio no caso de estar passando algum deles.

Após umas três semanas, sua filha lhe disse algo que mudaria sua vida. Laura não estava se comportando bem, e Mirta tinha dificuldades em dialogar e entender por que ela agia dessa maneira. Aquele dia foi diferente. Laura conseguiu abrir seu coração e contar que seu padrasto estava tentando algum tipo de abuso com ela. Imediatamente, Mirta acreditou nas palavras de sua filha e enfrentou a situação seguindo os passos que haviam apresentado na palestra. Ela interrompeu o relacionamento com o marido assim que a situação de sua filha veio à tona.

Esperança para sua família

Graças à ajuda de especialistas, sua filha melhorou, e foi nesse momento que Mirta procurou Deus e começou a estudar a Bíblia. A família começou a participar das atividades da Igreja Adventista e, antes de terminar os estudos bíblicos, eles decidiram entregar suas vidas a Jesus através do batismo.

Mirta nos diz: “Agradeço a Deus por colocar amigos que oraram por nós e pelos programas da igreja que nos ajudaram a mudar e melhorar. Aprendi a amar, a depender de Jesus e a esperar a vida eterna que Ele preparou para nós”.

Ela continua firme em sua fé e ativa em sua igreja e, como locutora de rádio, ela se une à campanha compartilhando mensagens da revista Quebrando o Silêncio, ajudando outras pessoas que podem estar passando por experiências semelhantes e ensinando-as sobre o amor de Jesus.